sábado, 23 de agosto de 2014

Arte Naif



O termo Arte Naïf foi pela primeira vez utilizado, no virar do século XIX, para identificar a obra de Henri Rousseau. Pintor autodidata, Henri não possuía educação geral, nem tampouco conhecimento em arte ou pintura. Ao levar a público, sua primeira obra denominada "Um dia de carnaval", no Salão dos Independentes, o artista foi severamente criticado por ignorar princípios básicos de geometria e perspectiva. A obra retratava paisagens selvagens mescladas a um emaranhado de tramas, as quais remetem a sonhos e sentimentos do artista. Mas seu reconhecimento só se fez valer no século XX, após ser admirado por Pablo Picasso, Guillaume Apollinaire, Robert Delaunay e Alfred Jarry, além de renomados intelectuais. Relatos comprovam que sua obra foi reconhecida na França (Paris) e através de sua obra, a Arte Naif influenciou e embasou a corrente estética do Surrealismo de Salvador Dali, no ano de 1972.
 


 
 
Obras de Henri Rosseau
Com esta génese, a Arte Naïf começou a afirmar-se como uma corrente que aborda os contextos artísticos de modo espontâneo e com plena liberdade estética e de expressão e os seus seguidores definem-na hoje como “a arte livre de convenções”.
A Arte Naïf é concebida e produzida por artistas sem preparação académica específica e sem a “obrigação” de terem de utilizar técnicas elaboradas e abordagens temáticas e cromáticas convencionais nos trabalhos que executam. Isto não significa que não estudem e aperfeiçoem de modo autodidático e experimental o desenvolvimento das suas obras, e não implica que a exigência de qualidade das mesmas seja inferior. A capacidade artística é um dom inato no ser humano e não existem técnicas, regras ou dogmas que, quando ele realmente está presente, lhe possam atrofiar qualidade e retirar valor.
A Arte Naïf não se enquadra também na designação de Arte Popular, diferindo dela na medida em que se trata de um trabalho de criação individual que apresenta peças artísticas únicas e originais.
Caracteriza-se em termos gerais por uma aparente simplicidade e pela liberdade que o autor tem para relacionar ou desagregar, a seu belo prazer, determinados elementos considerados formais; a inexistência de perspectiva, a desregulação da composição, a irrealidade dos fatos ou a aplicação de paletas de cores chocantes. A Arte Naïf exprime ainda, de um modo geral, alegria, felicidade, espontaneidade e imaginários complexos, resultando, às vezes, todo este conjunto numa beleza aparentemente desequilibrada mas sempre muito sugestiva.
Alguns críticos afirmam que, contrastando com os “académicos”, que pintam com o cérebro, os “ingénuos” pintam só com a alma. Esta parece ser a verdadeira essência do Naïf, claramente o estilo de quem já nasce com o dom de ser artista…
Fontes:
http://allartsgallery.com/pt-PT/naif
 


 

 



 
 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Museu da Cultura Popular



uO Museu de Cultura Popular Djalma Maranhão está localizado no Largo Dom Bosco da Praça Augusto Severo, no bairro da Ribeira. Está instalado no prédio da antiga rodoviária de Natal que foi totalmente reformulado para abrigar o museu.
uO museu visa preservar a cultura popular potiguar num espaço de cerca de 350 metros quadrados, onde está exposto um acervo de aproximadamente 1.500 peças, de cerca de 400 artistas populares. O visitante ainda pode acessar os "totens eletrônicos", que possibilitam conhecer em textos, fotos e vídeos um pouco da vida e obra dos artistas populares potiguares. Além disso há três grandes telões instalados em salas especiais que exibem mais de 200 horas de vídeos de forma continua. O museu também dispoe de espaço para exposições temporárias.
uFoi inaugurado em 22 de agosto de 2008, dia do folclore.