Como
parte das comemorações pelo bicentenário da morte do grande mestre da escultura
do período colonial no Brasil, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, a
presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN),
Jurema Machado, e a coordenadora de Cultura da UNESCO no Brasil, Patrícia Reis,
visitam, no próximo dia 11 de maio, as obras do Museu de Congonhas. As
instalações estão sendo construídas na cidade mineira de Congonhas, próximas ao
Adro do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, conjunto arquitetônico e
paisagístico tombado pelo IPHAN em 1939 e reconhecido pela UNESCO como
Patrimônio Mundial em 1985.
O projeto
é uma iniciativa do IPHAN, da UNESCO no Brasil e da Prefeitura de Congonhas, e
vai funcionar como uma sala interpretativa do conjunto. A ideia é que o
visitante possa ter uma melhor compreensão dos aspectos artísticos e religiosos
do Santuário. O Museu de Congonhas vai abrigar, ainda, um Centro de Estudos da
Pedra e espaços para exposições temporárias, seminários e reuniões.
Como
parte das atividades de criação do Museu, a UNESCO também realizou, em 2011,
uma atividade inédita na área de conservação do patrimônio cultural no
país: a confecção de modelagem digital, por meio de escaneamento em 3D,
dos profetas de Aleijadinho. A medida facilita estudos e monitoramento das
peças, além de servir à recomposição em caso de danos às esculturas ,por
garantir rigorosa precisão de moldes e réplicas. Além da digitalização, a
UNESCO iniciou a confecção de moldes em silicone e réplicas em gesso-pedra.
Na mesma
data, IPHAN e UNESCO participam da abertura da 12° Semana de Museus, que este
ano acontece em Congonhas por ocasião da celebração do Bicentenário de Morte de
Aleijadinho. A Semana evento é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Museus
(IBRAM). Estão programadas diversas atividades que acontecerão entre 12 e 18 de
maio, conforme programação disponível no site do IBRAM.
O mestre
Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, nasceu em 29 de agosto de 1730. O mais importantes escultor do Brasil-colônia, era filho de um arquiteto português e uma escrava. O apelido veio de uma enfermidade que causou deformidades em seu corpo.
Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, nasceu em 29 de agosto de 1730. O mais importantes escultor do Brasil-colônia, era filho de um arquiteto português e uma escrava. O apelido veio de uma enfermidade que causou deformidades em seu corpo.
Aos
poucos, perdeu os movimentos dos pés e mãos. Um ajudante amarrava as
ferramentas em seus punhos para poder esculpir e entalhar. Mesmo com todas as
limitações, trabalhou na construção de igrejas e altares em várias cidades de
Minas Gerais, especialmente Ouro Preto, Congonhas do Campo e Sabará.
O Escultor trabalhou em Congonhas no período de
1796 a 1805 e deixou na cidade um excepcional conjunto escultórico, com 66
imagens lavradas em cedro, seis relicários e 12 profetas em pedra sabão.
Inúmeras obras sobre o Aleijadinho estão disponíveis nas principais bibliotecas
brasileiras. Nas bibliotecas do IPHAN, Biblioteca Nacional e Biblioteca Pública
Estadual de Minas Gerais os interessados podem consultar uma parte importante
deste acervo.
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