quarta-feira, 28 de maio de 2014

A oficina de Patrimônio Histórico trabalhou neste dia vinte e quatro do mês de maio do ano de dois mil e quatorze a importância da memória, do resgate e proteção do patrimônio.
Escrevemos nossas histórias e ilustramos.



















sábado, 24 de maio de 2014

Patrimônio Imaterial Nacional: preservando memórias ou construindo histórias?




Marli Lopes da Costa

Ricardo Vieiralves de Castro

Universidade do Estado do Rio de Janeiro
 
ISSN (versão eletrônica):

1678-4669
Acervo disponível em: www.scielo.br/epsic
 
 
"A palavra patrimônio, bem como memória, compõe um léxico contemporâneo de expressões cuja característica principal é a multiplicidade de sentidos e definições que a elas podem ser atribuídos (Ferreira, 2006). Ambas as palavras plurais em sua essência, reúnem uma série de contradições e complexidade quanto a sua definição e ganham cada vez mais espaço no cotidiano.  
 
Ferreira (2006) destaca que para além da origem jurídica do termo, o sentido evocado ao termo patrimônio é o da permanência do passado, da necessidade de resguardar algo significativo no campo das identidades, do desaparecimento.
 
Recorrendo a Dominique Poulot, a autora explica que por um lado, “a história do patrimônio é a história da construção do sentido de identidade e mais particularmente, dos imaginários de autenticidade que inspiram as políticas patrimoniais” (Poulot, 1997, citado por Ferreira, 2006) e por outro lado, uma categoria de pensamento que, abordado nessa condição, pode ser compreendido como esse esforço constante de resguardar o passado no futuro. “Para que exista patrimônio é necessário que ele seja reconhecido, eleito, que lhe seja conferido valor, o que se dá no âmbito das relações sociais e simbólicas que são tecidas ao redor do objeto ou do evento em si.” (p. 79).
 
Considerando que noções de tempo e identidade operam em conjunto para o reconhecimento de algo como patrimônio, e, mais do que reconstruir o passado supostamente conservado ou retido, a preocupação subliminar é garantir o presente e projetá-lo em um devir, a autora complementa que é fundamental ressaltar que o patrimônio é uma construção cultural, portanto, um jogo de escolhas e um espaço de conflitos".
 

 

Natal, a Noiva do Sol


Sinopse
Como nasceu a cidade de Natal, que carinhosamente foi chamada por Câmara Cascudo de noiva do sol? Como eram os primeiros habitantes quando os portugueses chegaram?
E como foi a luta contra os holandeses?
Com um olhar histórico, o perfil de uma das mais belas capitais do Brasil.
 
Na oficina de hoje exercitamos a importância da memória na construção da identidade.
 
 

terça-feira, 20 de maio de 2014

TEIA Nacional da Diversidade


Entre os dias 19 e 24 de maio Natal recebe a TEIA Nacional da Diversidade – 5º Encontro Nacional dos Pontos de Cultura e das redes da diversidade que integram o Programa Cultura Viva. A TEIA 2014 tem o objetivo de fortalecer o exercício dos direitos culturais e promover a atuação cultural em rede.

Devido ao volume de atividades desenvolvidas durante o evento, a programação está dividida entre o Campus Cidade Alta do IFRN, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Palco Ruy Pereira – Beco do Zé Reeira, Casa da Ribeira, Largo Dom Bosco – Ribeira, SESC Cidade Alta e o Teatro de Cultura Popular – TCP. Durante a TEIA irão acontecer shows, espetáculos de teatro, intervenções urbanas, performances além diálogos proporcionados por seminários, oficinas, exibição de filmes, feira de economia solidária, lançamento de livros e debates.

Dentro da programação cultural existe ainda a Mostra Artística do RN que conta com apresentações de artistas locais. O público apreciar diversas manifestações culturais que vão do teatro, dança, performance e música. Tendo destaque para o espetáculo Combo Especial da companhia Tropa Trupe as bandas Orquestrim Conexão Felipe Camarão, Pau e Lata, Caio Padilha, Dusouto, Rosa de Pedra, Pedubreu Tecnococo e a Hesha. A programação geral e a programação segmentada podem ser conferidas no site do evento:
www.culturadigital.br/teiadadiversidade  



O Jaraguá, ícone da Teia Nacional da Diversidade, é símbolo de resistência do folclore do Nordeste, construído por mãos de artesãs potiguares que vêm concebendo, em suas comunidades, a arte artesanal.
Obra de Manuel Graciano Cardoso
Figura obrigatória nos reisados da década de 20 a 30 anos atrás e hoje um tanto desaparecida, o Jaraguá é um dos ícones da cultura popular e traz em seu corpo de tecido de chita a alegria e o encantamento de ser brincante. É essa a inspiração da logomarca da Teia Nacional da Diversidade 2014. Criada pelo designer Fernando Souza, a arte traz a memória e a essência da cultura popular. “Quando parei para criar a logo, me lembrei da imagem do Jaraguá, da primeira vez que o vi na rua. Aquele boneco grande, colorido e encantador. Logo pensei em levá-lo para a arte trazendo a ideia da Teia que é a união dos elementos da cultura em um grande encontro”, conta Fernando que é carioca e radicado em Natal/RN. 
 

Narradores de Javé



Filme brasileiro que retrata a cultura sertaneja e processo da oralidade histórica.
A pequena cidade de Javé será submersa pelas águas de uma represa. Seus moradores não serão indenizados e não foram sequer notificados porque não possuem registros nem documentos das terras. Inconformados, descobrem que o local poderia ser preservado se tivesse um patrimônio histórico de valor comprovado em "documento científico". Decidem então escrever a história da cidade - mas poucos sabem ler e só um morador, o carteiro, sabe escrever. Depois disso, o que se vê é uma tremenda confusão, pois todos procuram Antônio Biá, o escrivão da obra de cunho histórico, para acrescentar algumas linhas e ter o seu nome citado. Dona Graça explica o que é o Jaraguá, e muito mais

 


sábado, 10 de maio de 2014

Aleijadinho 3D


Pesquisadores da USP recriam obras de Aleijadinho em 3D
08/05/2014 22:02

Detalhes de igrejas em Ouro Preto e das esculturas dos doze profetas em Congonhas podem ser visitados pelo computador

por João Renato Faria ' 07 de Maio de 2014

A cerca de 85 quilômetros de Belo Horizonte, a cidade de Congonhas se orgulha de abrigar aquela que é considerada a obra-prima de Aleijadinho: o conjunto da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Declarado patrimônio da humanidade pela Unesco, o lugar reúne as doze estátuas em pedra-sabão dos profetas bíblicos esculpidas pelo mestre do barroco entre 1800 e 1805 e seis capelas que narram a Paixão de Cristo. Quem não quiser esticar até a cidade histórica pode ver pelo computador toda a genialidade do escultor mineiro. Após quase um ano de trabalho, está no ar o site Aleijadinho 3D, que oferece uma visita virtual às esculturas de Congonhas e também a detalhes de igrejas em Ouro Preto, que tiveram a participação de Aleijadinho na construção. O site é resultado do trabalho de pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP), que, em julho do ano passado, vieram a Minas Gerais para registrar imagens dos trabalhos do escultor com um poderoso scanner 3D. De lá para cá, eles se concentraram no pós-processamento, que é a recriação das imagens geradas em 3D.O tour pelo computador pode não ter o mesmo charme de uma visita real. Mas permite ao internauta ver detalhes pequenos, como anjos que ficam vários metros acima do nível dos olhos.

Para conferir, acesse
www.aleijadinho3d.icmc.usp.br.

Fonte: http://vejabh.abril.com.br/edicoes/aleijadinho-3d-virtual-congonhas-barroco-usp-781170.shtml

Bicentenário da morte de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho



Como parte das comemorações pelo bicentenário da morte do grande mestre da escultura do período colonial no Brasil, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, a presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Jurema Machado, e a coordenadora de Cultura da UNESCO no Brasil, Patrícia Reis, visitam, no próximo dia 11 de maio, as obras do Museu de Congonhas. As instalações estão sendo construídas na cidade mineira de Congonhas, próximas ao Adro do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, conjunto arquitetônico e paisagístico tombado pelo IPHAN em 1939 e reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Mundial em 1985. 
O projeto é uma iniciativa do IPHAN, da UNESCO no Brasil e da Prefeitura de Congonhas, e vai funcionar como uma sala interpretativa do conjunto. A ideia é que o visitante possa ter uma melhor compreensão dos aspectos artísticos e religiosos do Santuário. O Museu de Congonhas vai abrigar, ainda, um Centro de Estudos da Pedra e espaços para exposições temporárias, seminários e reuniões.
Como parte das atividades de criação do Museu, a UNESCO também realizou, em 2011, uma atividade inédita na área de conservação do patrimônio cultural no  país: a confecção de modelagem digital, por meio de escaneamento em 3D,  dos profetas de Aleijadinho. A medida facilita estudos e monitoramento das peças, além de servir à  recomposição em caso de danos às esculturas ,por garantir rigorosa precisão de moldes e réplicas.  Além da digitalização, a UNESCO iniciou a confecção de moldes em silicone e réplicas em gesso-pedra.
Na mesma data, IPHAN e UNESCO participam da abertura da 12° Semana de Museus, que este ano acontece em Congonhas por ocasião da celebração do Bicentenário de Morte de Aleijadinho. A Semana evento é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). Estão programadas diversas atividades que acontecerão entre 12 e 18 de maio, conforme programação disponível no site do IBRAM.
O mestre
Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, nasceu em 29 de agosto de 1730. O mais importantes escultor do Brasil-colônia, era filho de um arquiteto português e uma escrava. O apelido veio de uma enfermidade que causou deformidades em seu corpo.
Aos poucos, perdeu os movimentos dos pés e mãos. Um ajudante amarrava as ferramentas em seus punhos para poder esculpir e entalhar. Mesmo com todas as limitações, trabalhou na construção de igrejas e altares em várias cidades de Minas Gerais, especialmente Ouro Preto, Congonhas do Campo e Sabará.
O Escultor trabalhou em Congonhas no período de 1796 a 1805 e deixou na cidade um excepcional conjunto escultórico, com 66 imagens lavradas em cedro, seis relicários e 12 profetas em pedra sabão. Inúmeras obras sobre o Aleijadinho estão disponíveis nas principais bibliotecas brasileiras. Nas bibliotecas do IPHAN, Biblioteca Nacional e Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais os interessados podem consultar uma parte importante deste acervo.